Quem não sorrir ao menos uma vez jogando Astro Bot, está morto por dentro.
Desde que joguei Astro’s Playroom, fiquei na expectativa de recebermos uma versão mais completa e com mais conteúdo do jogo, e mesmo com altas expectativas, Astro Bot as superou.
O novo jogo de PS5 já significa muito pra mim, revive o sentimento que me fez começar a gostar de videogames mais de uma década atrás, guia e exemplifica o que na minha opinião devemos almejar como gamedevs.
De todas as coisas que considero que o jogo faz magistralmente, diria que seu principal ponto forte é o feedback das ações para o usuário, o que normalmente chamam de ‘juice’.
Tudo tem que ser e é satisfatório, desde o simples ato de apertar um botão no menu até o clímax de uma fase. Evidentemente diversos fatores contribuem pro ‘juice’, animações e efeitos sonoros tendo uma participação melhor, mas tais elementos não brilhariam tanto se não fosse por uma peça de hardware única do console, o Dualsense.
Astro Bot é um jogo impossível de ser portado em sua experiência original, não por questões técnicas do funcionamento do jogo, mas pela capacidade do Dualsense de fornecer uma experiência imersiva e interativa que nenhum outro grande hardware atual é capaz de fornecer - algo similar com o Nintendo DS e 3DS, que alguns consideram impossíveis de emular fielmente até hoje, por conta das duas telas e do touchscreen.
Dito isso, não há maneira de descrever a sensação e interatividade que o jogo proporciona, é algo que precisa ser experienciado.
Na minha opinião, Astro Bot deve ser o exemplo de como usar o Dualsense em um jogo, o que infelizmente é difícil de acontecer. Nem estúdios first party tem uma implementação no nível de Astro Bot, e estúdios third party frequentemente não tem o incentivo de sequer implementar as funcionalidades. Visto que ainda saem jogos AAA para Playstation 5 sem suporte ao Dualsense.